Conteúdos audiovisuais da plataforma são ótimas ferramentas para debates sobre a história da população afrodescendente
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017, 54,9% da população se
autodeclarou negra ou parda. E mesmo representando mais da metade da sociedade brasileira,
a luta contra a desigualdade racial e discriminação social ainda é urgente e necessária nos
dias de hoje. No próximo dia 20 de novembro será celebrado o Dia da Consciência Negra e
diante da importância da data, o Videocamp – plataforma que possibilita exibições públicas e
A seleção reúne 16 conteúdos audiovisuais que trazem, em suas narrativas, histórias que
promovem a valorização da cultura negra e levantam questões importantes para a sociedade,
como: a ausência de representatividade no mercado de brinquedos brasileiro, especialmente
bonecas negras, a luta contra o racismo estrutural dentro das Universidades, e a intersecção
entre o racismo estrutural e o movimento nazista brasileiro, durante os anos de 1930.
“O Videocamp acredita que o cinema é uma ferramenta potente para ajudar na
construção de um mundo mais justo, solidário e plural. Possibilitar a criação de
espaços de debate sobre racismo e outras tantas questões sociais que o atravessam
é a razão de termos feito uma seleção especial de filmes para a playlist Trajetórias
Negras”, explica Josi Campos, coordenadora do Videocamp.
Confira, abaixo, o resumo de alguns dos filmes disponíveis na playlist. A seleção completa e
gratuita está disponível aqui.
– Baderna : Fundada em 1871, Baderna é o nome de uma cidade no interior do Brasil.
Formou-se a partir da cultura dos negros escravizados e se emancipou do Estado. Entre
conflitos mundanos, uma relação intensa com a natureza e resistência popular, o povo
badernista vive os dias de hoje em meio a diversos movimentos culturais.
entender como aquela sociedade, marcada pela segregação institucionalizada do Apartheid,
conseguiu virar essa página manchada da história. Ele busca retratar as desigualdades sociais
e o racismo, até hoje evidentes.
suásticas nazistas em uma fazenda no interior de São Paulo, o filme acompanha a
investigação do historiador Sidney Aguilar e a descoberta de um fato assustador: durante os
anos 1930, 50 meninos negros e mulatos foram levados de um orfanato no Rio de Janeiro
para a fazenda onde os tijolos foram encontrados.
relembram as histórias de fundação do local, assim como a luta para a titulação da terra
quilombola.
Preta Rara, personagem do filme. O documentário explora o problema da falta de bonecas n
egras no mercado brasileiro e mostra o trabalho das bonequeiras que tentam mudar esse
cenário.
é jovem quilombola simpática e aventureira. Raimunda Inês é líder comunitária e Isabel faz
poesia e dança forró todos os sábados.
gerações e pontos de vista. A mobilização em favor da implementação de cotas raciais
em uma das mais importantes universidades do país.
de meninas que organiza um coletivo de jornalismo independente. Um jovem filho de
pajé que dá continuidade ao ofício paterno junto a outros jovens de ascendência indígena.
Todos atuam no fazer político.
Sobre o Videocamp
O Videocamp é uma plataforma online e gratuita que possibilita que produções audiovisuais
em busca de impacto e transformação alcancem o maior número possível de pessoas.
Por meio de exibições públicas, que podem ser realizadas por qualquer pessoa em qualquer
lugar do mundo, o Videocamp democratiza o acesso à cultura e à informação.
Para os realizadores, a plataforma potencializa a formação de público e atua como
ferramenta de promoção dentro da estratégia de lançamento do filme.