Muito se fala sobre a cultura tipicamente masculina no mercado cervejeiro, mas o que poucos falam é que há uma relação estreita entre mulheres e cerveja.
Não se sabe exatamente quem criou esse líquido sagrado, mas acredita-se que foi criado por uma mulher, já que na época existia uma divisão rígida de trabalhos e, enquanto o homem caçava, à mulher a criação dos filhos e os afazeres domésticos que incluía o recolhimento dos grãos. A descoberta da cerveja foi possivelmente um acaso fruto do esquecimento do recipiente dos grãos ao relento que com a chuva começou o processo natural de malteação (fundamental para a produção da bebida). Os tempos de outrora não aceitavam desperdícios, sendo assim, consumiram o líquido que logo se espalhou.
A cerveja nos tempos antigos tinha uma função muito diferente de hoje em dia. Enquanto bebemos para socializar, relaxar e, comumente, acompanhada de alguma comida, antes, a cerveja era base da alimentação. Por esse motivo a produção da cerveja ficava à cargo das mulheres, incluindo a administração das tabernas.
A produção da cerveja só saiu das mãos das mulheres no final do século XVIII, quando perceberam que a bebida tinha grande valor comercial e aumentou o interesse de grandes empresários. Nesse período começou a produção da cerveja em grande escalada.
Nessa época as mulheres ficaram proibidas de produzir cerveja e iniciou uma cultura de masculinização para a bebida, até então, de produção feminina. Somente na Primeira Guerra Mundial as mulheres puderam voltar a produzir cerveja, com o objetivo de suprir as necessidades dos soldados.
Apenas no final do século passado que as mulheres voltaram para produção como profissionais do ramo cervejeiro, mas ainda sofrendo preconceito por estarem em uma área dita como masculina. O mercado cervejeiro, no entanto, já percebeu o grande valor que as consumidoras têm. Apesar de o público masculino ainda consumir mais, as mulheres estão vindo forte na desmistificação de que cerveja não é para mulher.
Já é comum ver grupos de amigas bebendo em bares, ou, até mesmo, mulheres sozinhas. Nos próximos anos veremos cada vez mais mulheres dos dois lados do balcão bebendo e produzindo.
E então, gostou de saber mais sobre a história da cerveja? Deixe nos comentários a sua opinião!